O mais triste nesse episódio todo é que ninguém, seja do governo ou da oposição, parece estar de fato preocupado com a saúde.
Ora, o presidente Lula disse que não quer uma nova CPMF, que não vai mexer um dedo para aprová-la. No entanto, o que ele não quer é o desgaste de ter que enviar um projeto desses para o Congresso. Aliás, como foi o legislativo que derrubou a emenda que prorrogava o tributo no ano passado, ele acha que a tarefa de achar uma nova fonte de recursos é dos parlamentares, caso contrário, a Emenda será vetada por ele.
Por outro lado, a oposição apóia a base aliada na aprovação da Emenda 29, que destina mais verbas para a Saúde. É a mesma oposição que patrocinou a queda da CPMF, que aplicava pelo menos R$ 20 bilhões para o setor.
Não parece contradição? Se você pensar bem, não. Em dezembro, quando PSDB e DEM vetaram a CPMF no Senado, o interesse era tirar recursos dos programas assistencialistas do governo (Bolsa Família e afins). Agora, eles querem jogar o presidente Lula contra a parede, obrigando-o a gastar cerca de R$ 12 bilhões a mais na saúde pública.
Enquanto esse jogo político se desenrola, o brasileiro espera horas, dias, meses nas filas dos hospitais públicos à espera de atendimento de qualidade duvidosa, para dizer o mínimo. Isso é o Brasil...
quinta-feira, 22 de maio de 2008
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