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A disputa entre os pré-candidatos à presidência extrapola os palanques onde Dilma e Serra se degladiam. Nas edições desta segunda-feira dos jornais Folha de São Paulo e O Globo, a batalha ideológica das duas publicações foi explicíta.
A Folha trouxe na capa a denúncia de que um ato evangélico para beneficiar o candidato do PSDB, José Serra, custou R$ 540 mil reais, patrocinados por verbas públicas de governos tucanos. Organizadores e patrocinadores negaram que o cunho político do evento.
Já O Globo deu destaque ao processo da oposição contra a festa de 1º de maio em São Paulo, organizada pelas Centrais Sindicais e que contou com o apoio e as presenças do presidente Lula e da ex-ministra Dilma Rousseff, candidata do PT. Segundo O Globo, "tucanos criticam uso de verbas públicas".
O encontro evangélico também mereceu uma reportagem nas páginas de O Globo. No entanto, nada se falou sobre a denuncia feita pela Folha. A matéria preferiu se ater ao discurso de Serra, com destaque para o pedido de orações para os fiéis.
A campanha eleitoral começa apenas no segundo semestre. Mas, na imprensa ela já está a todo vapor, graças aos interesses ideológicos, políticos e comerciais dos empresários do ramo. Será que os jornais também poderiam ser multados pelo TSE por propaganda eleitoral antecipada?
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