quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Full Metal Alchemist: Brotherhood



Full Metal Alchemist: Brotherhood foi uma grata surpresa. Já tinha visto toda a série anterior e acompanho o mangá, mas é incrível a qualidade dessa nova série. Brotherhood foi lançada em abril com o objetivo de ser fiel ao mangá de Hiromu Arakawa.
São muitas as diferenças em relação essa e a série anterior. Pra começar, há bem mais personagens em Brotherhood. As relações com outros países é mais desenvolvida e os homunculus são bem mais cruéis.
Nos dois animes, Edward e Alphonse Elric quebraram as leis da alquimia tentando reviver a mãe. Acontece que alquimia envolvendo vidas, chamada de transmutação humana, é um tabu terminantemente proibido. Como resultado, Ed perde um braço, Al perde o corpo inteiro. Em troca da perna direita, Ed consegue fixar a alma do seu irmão em uma armadura. O início é o mesmo, mas o desenvolvimento do roteiro segue caminhos diferntes.
Em Brotherhood, Ed e Al também estão atrás de recuperar seus corpos. Para ter mais recursos, Ed se torna um alquimista federal em Amestris, país que vive envolvido em guerras internas e externas.
Por trás dessa busca, os dois irmãos descobrem que por trás das decisões políticas de Amestris, estão os homunculus e um ser chamado Pai, que tomou conta do exército. E a jornada de Ed e Al é apaixonante.
O anime já chegou ao 28º episódio e não deixou a peteca cair em momento algum. É incrível como fico esperando a semana seguinte para ver o próximo episódio.
As personagens criadas por Hiromu Arakawa são carismáticas e tem muita personalidade.
Ed e Al são irmãos, tem objetivos parecidos, mas são completamente diferentes. Ed é o irmão mais velho, e se sente reponsável pelo que aconteceu com Al. Em muitos momentos, ele esconde dentro de si seus sentimentons. Sente dúvida em relação as escolhas que tomou e se enfurece quando alguém fala do seu defeito: a altura. Já o Al é mais centrado e decidido. Sente falta de ser um humano completo, mas nem por isso fica lamentando o fato de ser uma armadura vazia.
A amiga de infância dos dois, Winry, além de linda, está sempre lá para dar uma força para os dois, nem que seja para dar uma bronca no Ed por causa do automail, o braço e a perna mecâncica, que ela construiu.
O coronel Mustang é um caso a parte. O cara tem um objetivo de vida e não mede esforços para consegui-lo. Corajoso e fiel aos amigos, ele é responsável por alguns dos momentos mais legais do anime.
Outro personagem que merece destaque é o Scar. De início, um vilão implacável que tira a vida de qualquer alquimista do exército que aparecer pela frente. Mas depois que o passado dele foi revelado, e impossível não torcer por ele. Scar é uma das vítimas da guerra civil de Ishbal, onde o exército usou o poder da pedra filosofal para massacrar a população.
Na segunda fase do anime, há presença dos personagens de Xing, um país vizinho de Amestris, que são fundamentais para a trama, mas não existiram no anime anterior: destaque para o ambicioso Ling, que quer a qualquer custo conseguir a vida eterna.

A qualidade da animação é impressionante e o estúdio Bones acertou a mão no traço e nos efeitos da alquimia. A estória é contada de uma meneira gostosa de assistir. O anime vai do humor pastelão ao drama em segundos. A ação é ótima. Não tem aquelas lutas intermináveis a la Dragon Ball Z. Muitas acontecem em minutos e são memoráveis: destaque para os confrontos entre Ed e Greed e entre Mustang e Lust.

Outro ponto que dá pontos à animação é a trilha sonora, que está ótima, tanto as músicas de fundo, como as aberturas e encerramentos. Qualquer uma delas está disponível no Youtube.

Em suma, Full Metal Alchemist já era uma série superior quando vi da primeira vez, e agora, com uma trama mais política, cheia de intrigas de estado, com personagens carismáticos, situações cômicas e dramáticas na medida certa, me fez ficar realmente empolgado com uma série. Recomedadíssimo.