sexta-feira, 30 de abril de 2010

Cinema - Thor

Um ditado chavão diz que uma imagem vale mais do mil palavras. E a primeira imagem de Chris Hemsworth como Thor é bastante empolgante. Ainda mais depois de ter visto o Homem de Ferro 2 e ter ficado para assistir à cena depois dos créditos.



O filme estréia no Brasil apenas em maio do ano que vem.

Cinema - The Last Airbender





Saiu esta semana o trailer final do filme The Last Airbender, baseado no desenho Avatar, que fez bastante sucesso no Brasil há alguns anos.

O desenho é interessante, cheio de ação e comédia. O filme é dirigido por M. Night Shyamalan e estreia em 23 de julho no Brasil em 3D e 2D.

Na história, a nação do fogo declarou guerra a todas as outras. E apenas o Avatar, o guerreiro lendário que controla todos os elementos, pode trazer a paz para o mundo.

Eis o trailer.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Política - Eu sou o cara


Independente do resultado das eleições de outubro, o presidente Lula deve terminar os oito anos de governo do PT com o ego nas alturas.

Carismático, Lula é presidente de maior popularidade da História do País. E agora recebeu mais um motivo para se considerar "o cara". A revista Time o elegeu como um dos 25 líderes mais influentes do planeta. "O que Lula quer para o Brasil é o que nós costumávamos chamar de sonho americano", avaliou o documentarista Michael Moore no texto dedicado ao presidente brasileiro.

Não é a primeira vez que Lula recebe um título desse. Em 2009, o jornal britânico "Financial Times" o escolheu como uma das 50 personalidades que moldaram a última década. Foi eleito o "homem do ano 2009" pelos jornais "Le Monde", da França, e "El País", da Espanha.

Desde o início do governo do PT, em 2003, o presidente Lula sempre buscou um papel de destaque para o Brasil no cenário internacional. Sua principal meta era mudar o Conselho de Segurança da ONU, com a inclusão de líderes emergentes nas principais cadeiras - hoje ocupadas por apenas cinco países.

A luta do presidente contra a fome e a pobreza no mundo também foi destaque em vários congressos internacionais. Na Conferência da ONU contra o aquecimento global, realizada em Copenhague no final do ano passado, o presidente Lula cobrou um papel mais efetivo dos países ricos frente às mudanças climáticas. O Brasil apresentou metas ambiciosas nesse sentido: diminuir em 39% a emissão de gases causadores do efeito estufa.

No campo econômico, o presidente Lula defende uma participação maior dos países emergentes nas decisões mundiais. Ele se aproximou de outros países emergentes e em desenvolvimento, principalmente, da China, da Índia e da Rússia, que juntas criaram os Bric.

Na América Latina, o Brasil é visto como um líder e se envolve em quase todas as questões políticas na região. Tem amizades "suspeitas" - leia-se o presidente venezuelano Hugo Chavez - e foi várias vezes criticado por sua postura de tentar agradar a todos.

No ano passado, o Brasil aceitou "numa boa" a nacionalização das refinarias de petróleo da Bolívia, inclusive as que tinham recebido investimentos da Petrobras. A empresas brasileira passou a pagar impostos ao governo boliviano. A decisão foi motivo de crítica da imprensa brasileira, que acusou o presidente de não cuidar dos interesses nacionais.

Amigo do líder cubano Fidel Castro, Lula defendeu várias vezes o fim do embargo econômico imposto pelos norte-americanos. Na última vez em que Lula visitou Cuba, ele teve que explicar os motivos de apoiar o regime castrista. Naquele dia tinha acabado de morrer um preso político que fazia uma greve de fome contra o governo.

Outra frente de atuação brasileira é no Haiti, onde o País lidera as Forças de Paz da ONU na nação caribenha.

Recentemente, a principal tentativa de demonstração de força internacional é no caso iraniano. O Brasil tenta uma solução pacífica para as desconfianças em torno do desenvolvimento de tecnologia nuclear pelo país islâmico. Praticamente isolado mundialmente, Lula se colocou contrário à imposição de sanções ao Irã, acusado de usar seu programa nuclear para desenvolver armas atômicas.

Mais de uma vez Lula disse que o Brasil tem condições morais de intermediar esse problema. Ele vai ao Irã em maio para cobrar do presidente Mahmoud Ahmadinejad garantias de que seu programa é pacífico. Recentemente, a secretária de estado norte-americano, Hillary Clinton, definiu a empreitada brasileira de ingenuidade.

A questão é complexa e dificilmente o Brasil ganhará essa disputa. Primeiro porque a maioria das nações que compõem o Conselho de Segurança apóiam a imposição de sanções contra o Irã. Depois, o presidente Ahmadinejad parece não coperar em oferecer garantias de que suas intenções são pacíficas.

A lista de atuações internacionais brasileiras é grande. Elas realmente colocaram o País numa posição de destaque mundial. Resta saber se com todo esse prestígio vai fazer com que o presidente Lula cumpra sua meta para 2010: fazer um sucessor.

Economia - a selic e o controle da inflação


O Banco Central cumpriu direitinho a cartilha e elevou os juros básicos da economia. O objetivo primário do Copom é conter a escalada da inflação, que se aproximou da meta de 4,5% para 2010. Atualmete, a selic está em 9,5% ao ano.

A alta já era esperada por analistas da economia. Na semana passada, o FMI alertou para o risco de superaquecimento da economia brasileira e recomendou um endurecimento da política econômica. Isso porque, segundo o FMI, o Brasil não teria condições de atender à demanda crescente.

Entidades como a CUT, a CNI e a Fiesp se apressaram a criticar a medida do Banco Central. Segundo elas, a alta da selic prejudica o setor produtivo.

Desde meados da década de 90, a selic é o principal controle da inflação. Ela é a taxa que o governo remunera os investidores dos títulos públicos e funciona como um referencial para todas demais operações do mercado. Assim, quando a Selic aumenta, fica mais caro pegar um crédito no Brasil. As taxas dos empréstimos, do crediário das lojas e do cartão de crédito também ficam mais caras.

As compras passam a pesar mais no bolso dos brasileiros e o consumo diminui. E aqui entra a regra básica do mercado: procura menor, preço menor. E, desse modo, a inflação fica controlada.

O problema são os efeitos colaterais desse remédio. O crédito não fica mais caro só para os consumidores. Para a indústria e o comércio também. O setor produtivo depende muito de crédito para fazer seu capital girar. Com a alta dos juros dessas operações, eles tem menos dinheiro também para os investimentos. Com isso, a geração de emprego diminui.

No ano passado, a expansão do crédito no Brasil foi a razão para que os efeitos da crise financeira internacional tivessem menos impacto na economia tupiniquim; mas agora, ela é o vilão da História. A economia é assim.

Bom, mas a selic não é a única forma de controle da inflação. Voltaremos a esse assunto em outro tópico.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

desenho do dia 28/04

Esse desenho é da semana passada. Mas a arte-final é nova. Estou aprendendo a colocar luz e sombra no photoshop.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Política - E Ciro dá adeus...


A decisão do PSB de desistir de uma candidatura própria à presidência já era esperada. O deputado Ciro Gomes não vinha bem nas pesquisas há muito tempo. Estagnado em 8% das intenções de votos, na última pesquisa do Ibope, ele estava empatado com a pré-candidata do PV, Marina Silva.

Conhecido por seu temperamento forte, Ciro Gomes lutou contra a saída da corrida eleitoral até o final, defendendo a própria candidatura. Em nota, o ex-pré-candidato disse que aceita a decisão do partido, mas considerou a decisão como um erro-tático.

A maior beneficiada com a decisão do PSB foi Dilma Rousseff do PT. O presidente Lula nunca escondeu de ninguém que não queria uma disputa direta com Ciro, que inclusive foi ministro do governo petista. Lula contava com o apoio do PSB na disputa pela presidência e defendia a candidatura de Ciro ao governo de São Paulo.

Com a decisão, pelo menos uma prece do presidente foi atendida: o PSB vai apoiar a candidatura do PT.

Vamos ver se isso vai fazer alguma diferença já na próxima pesquisa de intenção de votos. Na última, José Serra tinha sete pontos de vantagem sobre Dilma.

desenho do dia - 27/04


Cena de One Piece.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Cinema - Túmulo dos Vagalumes


A Segunda Gerra Mundial é um tema recorrente no cinema. Poucos filmes, no entanto, oferecem uma visão diferente do conflito. Nesse aspecto, o anime Hotaru no Haka (Túmulo dos vagalumes), de Isao Takahata, brilha diante da maioria das películas hollywoodianas.

Obra do Estúdio Ghibli, que também assina ótimas produções como A Viagem de Chihiro e o Castelo Animado, o Túmulo dos Vagalumes mostra a história dos irmãos Seita e Setsuko no final da Segunda Guerra. Seita e sua irmã mais nova vivem com a mãe e esperam pelo retorno do pai, convocado para lutar contra os americanos.

O Túmulo dos vagalumes é essencialmente uma história de amadurecimento. No pós-guerra, os japoneses ficaram entregues à própria sorte. A fome era uma inimigo que ainda perturbava a população. O egoísmo e a indiferença eram dois sentimentos recorrentes. E Seita e Setsuko precisam enfrentar tudo isso e continuar vivendo, mesmo que o futuro não pareça muito melhor.

Bom, não vou contar aqui nada da história desse excelente filme, é melhor deixar para o telespectador se surpreender com essa história cheia de sentimentos e valores humanos. Vou dedicar esse texto ao melhor do Túmulo dos Vagalumes: a relação dos dois irmãos.

Mesmo sendo uma história triste, Seita e Setsuko esbanjam carisma. A caracterização é impressionante. Seita, o irmão mais velho, se sente responsável por Setsuko e tenta esconder os horrores da guerra e vê-la feliz.

Os dois foram obrigados a amadurecer antes do tempo, mas não esquecem que são crianças e fazem de tudo para encontrar alegria nas menores coisas, como um banho de mar ou observando vagalumes à noite. Apesar de serem desenhos, eles conseguem ser mais críveis que muitos filmes com atores de carne e osso.

A animação é outro ponto alto. Mesmo sendo um filme de 1988, o visual beira à perfeição, tamanho é o detalhismo dos cenários e das personagens. Não há uma única cena de computação gráfica. Tudo é desenhado à mão, o que torna o filme ainda mais impressionante.

Hotaru no Haka é um filme maravilhoso, que estranhamente continua inédito no Brasil. Culpa, talvez, do preconceito de que anime é coisa para crianças. Quem deixar isso de lado, com certeza, irá se deliciar com uma das melhores produções da terra do sol nascente.

desenho do dia - 26/04

Essa é uma cena do mangá do Yugioh!. Mais um treino com cenário.

domingo, 25 de abril de 2010

Desenho do dia - 25/04

Como prometido, o desenho do Iron Man. Fiz uma pintura, mas ainda não sei fazer sombra no Photoshop direito, então vai o chapadão mesmo.


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Cinema - Homem de Ferro

O novo filme do Homem de Ferro estréia no dia 30 de abril (uma semana antes dos Estados Unidos - olha o prestígio). E para apimentar ainda mais a ansiedade, uma foto de uma das novas armaduras de Tony Stark, a Mark V.



Homem de Ferro tem Robert Downey Jr, como Tony Stark, Don Cheadle, como Jim Rhodes, Scarlett Johansson, como Viúva Negra, e Mike Rourke na pele do vilão Whiplash.

Em homenagem ao filme, o desenho do dia de amanhã será o Homem de Ferro.

Economia - Será sabotagem?



Não entendo muito de economia. Mas resolvi comentar uma notícia dessa área nessa postagem.

Desde quarta-feira, a imprensa deu bastante destaque ao relatório do Fundo Monetário Nacional sobre os rumos da economia mundial.

O que chama atenção é que o documento aponta o risco o "superaquecimento" da economia brasileira. Segundo o FMI, a economia nacional vai crescer bem acima do esperado e, nos próximos anos, o País pode não ter condições de atender a demanda interna. O órgão internacional recomenda que o País adote uma politica fiscal mais rígida e pise no freio.

Ora, não foi justamente o mercado interno que serviu de escudo para que o País enfrentasse a crise? Nos últimos anos, é inegável que o salário das classes mais baixas e o aumento do poder de consumo do trabalhador trouxeram benefícios significativos para o Pais. Boa parte desse resultado se deve a políticas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

Pisar no freio agora, como quer o FMI, parece piada. Parece até que o Fundo Monetário desconhece a realidade brasileira. O Brasil tem uma das políticas fiscais mais conservadoras do mundo. A Selic, a taxa básica de juros, que regula toda a economia, é uma das mais altas do mundo. O Banco Central a utiliza como controle da inflação.

Quando o aumento dos preços está acima da meta, o Bacen vai lá e aumenta a Selic. É o que deve acontecer na semana que vem, quando a taxa deve chegar a 9,25%. O problema é que a Selic elevada acaba diminuindo a oferta de emprego e de crédito - por isso a inflação cai, porque o poder de consumo da população diminui. O que de certa forma, acaba prejudicando a economia.

Vale lembrar que a meta de superávit primário, que é a economia que o País faz para pagar os juros da dívida, também é tratada como prioridade pelo governo. Este ano, a meta corresponde a 3,3% do PIB. É dinheiro que o governo tira dos investimentos para cumprir os compromissos financeiros.

O engraçado é que no passado, quando o Brasil tinha sérios problemas econômicos, o FMI sempre estava lá, como um carrasco ordenando que cortássemos despesas e endurecêssemos a política fiscal.

Agora que a economia brasileira está equilibrada e numa curva ascendente, a sombra do FMI volta e pede para fazermos a mesma coisa. Será sabotagem?

desenho do dia - 22/04

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Game - Marvel vs Capcom 3

A Capcom anunciou ontem a nova sequência de Marvel vs Capcom, dessa vez para a nova geração.

O crossover é um dos jogos de luta mais aclamados pelos gamers. Divertido, ágil e cheio de personagens que só se cruzariam no mundo dos games.

Pelo menos seis personagens estão confirmados: Ryu (Street Fighter), Morrigan (DarkStalkers) e Chris Redfield (Resident Evil) pela Capcom e Wolverine, Hulk e Homem de Ferro pelo lado da Marvel.

Ontem foi liberado um teaser, mas não há imagens do jogo em si. O game estará na E3 este ano.

Só para dar um gostinho e criar uma expectativa, o poster do game:

terça-feira, 20 de abril de 2010

desenho do dia - 20/04

O desenho de hoje é o Naruto, de Masashi Kashimoto.



Esse deu um pouco de trabalho.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dia do Índio

Índios fazem manifestação na Esplanada dos Ministérios. Fonte: Agência Brasil


Hoje, 19 de abril, é Dia do Índio. E aqui cabe uma pergunta: o que é ser indígena no Brasil?

No imaginário nacional, os índios são seres pacíficos, que moram em malocas na selva e se alimentam do que a natureza oferece. Mas isso está longe de corresponder à realidade atual.

Na época do descobrimento, os colonizadores portugueses tentaram, sem sucesso, escravizar os gentios. Os índios simplesmente não se adaptavam àquele ritmo de trabalho - não, eles não eram preguiçosos. Os portugueses não tiveram outra alternativa a não ser importar escravos da África para as lavouras de cana-de-açúcar, de café e a pecuária.

Muitas tribos, principalmente aquelas mais violentas, foram dizimadas. Outras se aliaram aos portugueses. O fato é que ao longo dos anos, as aldeias foram sumindo e as terras indígenas se tornando cada vez mais escassas.

Os dados sobre a população indígena no Brasil são imprecisos. Segundo a Funai, vivem cerca de 460 mil índios no Brasil, distribuídos entre 225 sociedades indígenas. O IBGE aponta que esse número chega a 734 mil. Na década de 90, segundo o IBGE, o crescimento dessa população foi maior nos centros urbanos: passou de 71 mil em 941 para 383 em 2000. No campo, também houve crescimento, mas num ritmo menor - passou de 223 mil para 350 mil índios.

Analisando os números, percebe-se que mais da metade dos indígenas brasileiros vivem nos centros urbanos, integrados à sociedade moderna. O problema é que essa opção acaba produzindo um efeito negativo, entre eles a perda da cultura indígena.

Por que isso acontece? Devem ser vários os fatores. Um dos mais citados é a péssima condição das aldeias. Sem assistência necessária do poder público, como evitar que eles deixem o meio rural em busca de melhores condições de vida nas cidades? Boa parte da população brasileira faz isso. Com eles não poderia ser diferente.

E mesmo as aldeias remanescentes vivem sérios dilemas. Um dos principais está na área da saúde. E o alcolismo, com certeza, é um dos principais problemas. O consumo desenfreado de álcool pelos indígenas provocou um alto índice de depressão dentro das comunidades. O suicídio se tornou frequente entre essa população.

É impossível evitar o fenômeno de integração entre as comunidades indígenas e a sociedade moderna. Mas é preciso criar mecanismos para evitar que a cultura indígena seja engolida.

Muitas comunidades desenvolvem um intenso trabalho de recuperação cultural, principalmente dos dialetos indígenas. A Funai também tem iniciativas de valorização dessa sociedade. Entre elas, destaca-se a Festa Nacional do Índio e os Jogos Indígenas.

Mas será isso suficiente? Nós, brasileiros, precisamos ter cuidado para evitar a um de nossos maiores símbolos se torne apenas uma sombra daquilo que foi um dia.

Game - God of War III (review)


God of War 3 foi um dos games mais esperados dos últimos tempos. A conclusão da vingança do Fantasma de Esparta contra os deuses do Olimpo termina com um game belíssimo, divertido, violento, mas sem muitas inovações na jogabilidade. E exclusivo do Playstation 3.

A saga de Kratos começa exatamente onde God of War 2 terminou. Traído pelos deuses, o guerreiro espartano liberta os Titãs e investe contra a morada dos deuses gregos, o Olimpo. Lá de cima, os deuses observam a escalda das gigantescas criaturas, representantes das forças da natureza. Mas os olimpianos não parecem intimidados.

God of War 3 já começa insano e mostrando a que veio. Em cima da impressionante Titã Gaia, o grito de Kratos - “Zeus, seu filho voltou. Eu trouxe a destruição para o Olimpo” – é uma pequena mostra da ira do ex-Deus da Guerra. Toda a sede de vingança de Kratos transborda em cada movimento do jogo. O personagem está mais brutal e agressivo e trucida sem dó qualquer um que cruzar o seu caminho.

A violência é tão realista e escancarada que muitas vezes o jogador se sente angustiado com o que está fazendo apertando os botões do controle. Em determinado momento na luta contra um deus, a câmera do jogo se transporta para a visão dele vendo Kratos investir com toda a sua fúria usando apenas as mãos. O sangue não para de jorrar. Os socos e chutes de Kratos quebram o deus grego ao meio e mesmo assim o guerreiro não para.

Em outro ponto do jogo, ao passar por uma cidade incendiada, um homem grita por socorro ao Fantasma de Esparta. Kratos liquida o indivíduo que impede sua passagem. O jogo não dá outra opção. E nem poderia: God of War é um história de vingança, não há espaço para compaixão.

O visual do jogo impressiona. O processador do PlayStation 3 é realmente uma maravilha. A textura da pele de Kratos, cheia de tatuagens, marcas de expressão e cicatrizes, beira à perfeição. Os inimigos e os cenários são tão bem detalhados, que muitas vezes esquecemos que se trata de um jogo, e não de um filme. E tudo isso sem muitas telas de carregamento, o que ajuda a manter a diversão.

Gráficos espetaculares não são sinônimos de um bom jogo. Mas, no caso de God of War 3, eles tornam a experiência muito mais empolgante que no Play 2. O sangue que jorra da pele dos inimigos suja a pele de Kratos, dando um ar mais realista à violência. Os golpes de Kratos deformam o rosto dos inimigos. Dos cortes feitos pelas Blades of Exile, saem as vísceras dos seres mitológicos.

A trilha sonora de God of War sempre foi grandiosa. E na parte final da trilogia não poderia ser diferente. Com composições orquestradas, hora mais rápidas, hora mais lentas, as músicas empolgam o jogador e casam bem com o clima épico do jogo.

A jogabilidade é a mesma dos anteriores. É claro, há alguns movimentos novos, mas nenhum completamente inovador na execução. Talvez o ponto negativo do jogo sejam as armas que Kratos utiliza. Com exceção da Nemean Cestus, todas as outras acabam esquecidas porque se assemelham à arma principal,Blades of Exile.

God of War 3 não é uma aventura para corações fracos e pacifistas. Kratos está cheio de sentimentos de vingança e não questiona se está certo ou errado em nenhum momento. Entre uma luta e outra, faz questão de frisar que seu único objetivo é destruir os deuses do Olimpo que o traíram. É um final digno para a saga do Fantasma de Esparta.

desenho do dia

Fiz esse desenho no final de semana.

É baseado em uma capa do mangá brasileiro dos Cavaleiros do Zodíaco.

O enquadramento não ficou legal.



Depois, coloquei algumas cores no photoshop (ainda estou aprendendo a usar esse programa):

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A difícil arte de desenhar

Desenho desde que me entendo por gente e sempre quis ser um profissional na área.

Bom, ainda tenho um longo caminho pela frente e resolvi o usar o blog como um incentivo para me ajudar a percorrê-lo.

O objetivo é publicar um desenho por dia até chegar ao nível de um profissional.

Vamos ao desenho de hoje. É o Edward Elric, de Fullmetal Alchemist.



Pra me incentivar, leitores podem sugerir desenhos.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Literatura – O menino do pijama listrado



O livro "O menino do pijama listrado", um romance do irlandês John Boyne, é um desses títulos que surpreendem pela simplicidade.

Na obra, John Boyne faz um olhar infantil sobre o Nazismo. A história se passa na Alemanha, durante a Segunda Gerra. Começa quando o curioso Bruno é obrigado e deixar sua casa em Berlim porque o pai, um importante militar do exército alemão, é enviado para cuidar de um campo de concentração.

Bruno subitamente se vê em um lugar chamado Haja-Vista (como é muito novo, não sabe ler direito Auschwitz). Ele fica indignado com o pai por ter trocado a iluminada Berlim, cheia de amigos e diversão, por aquele lugar.

Sem ter muito que fazer, Bruno passa dias em seu quarto, sem amigos. Nem explorar a casa, um de seus passatempos preferidos, lhe é permitido. Da janela do seu quarto, Bruno descobre uma cerca, que separa sua casa de umas pessoas com pijamas listrados que passam o dia caminhando pra lá e pra cá.

Curioso, Bruno resolve descobrir porque as pessoas passam o dia vestidas daquele jeito. Ele decide explorar a cerca e, então, uma amizade inusitada começa.

Não vou contar mais da história porque "O menino do pijama listrado" é um desses títulos que temos o prazer de virar cada página para saber o que acontece, mesmo não sendo uma história feliz. Em vez disso, vou falar daquilo que mais chamou atenção: a inocência de Bruno.

A personagem principal é uma criança alemã rica, que vê seu mundo perfeito – talvez não tão perfeito assim por causa da implicante Gretel, a irmã, apelidada de um caso perdido - despedaçado quando tem que se separar dos amigos e dos avós.

Mesmo em um campo de concentração, a inocência de Bruno não o deixa ser contaminado por toda a loucura e a crueldade do holocausto. Apesar de permanecer em seu mundo, querendo brincar e fazer amigos, ele não deixa de perceber que há algo errado no ar. Pensando bem, talvez a realidade infantil do garoto o permite ver melhor que todos os outros.



O menino do pijama listrado se tornou um filme em 2007. Apesar de ser fiel a obra original não conseguiu manter o mesmo ar criado pela imaginação e a inocência de Bruno.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Política - O Brasil é aqui...


A capital do País completa 50 anos na semana que vem. Mas a comemoração de meio século de história está longe de ser alegre. O orgulho de ser candango, para muita gente, é motivo de vergonha e constrangimento.

Escândalos intermináveis de corrupção mancham a cidade que é considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Brasília que, em um sonho de Dom Bosco jorraria leite e mel, saiu do papel pelas mentes de homens como Juscelino Kubitschek, Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.

Não demorou muito para a cidade orgulho ser tomada por homens de moral duvidosa. A grande quantidade de terras desocupadas sempre atraíram a cobiça de grileiros, que contavam com a conivência das autoridades.

Brasília chegou aos seus 50 anos com uma das maiores rendas per capta do País - nada menos que o dobro da média nacional. No entanto, os problemas são os mesmos das grandes cidades do País: filas nos hospitais, engarrafamentos, escolas sucateadas, pobreza, violência e corrupção.

Depois da redemocratização, políticos como Joaquim Roriz, José Roberto Arruda, Luiz Estevão, Paulo Octávio, Eurides Brito e Geraldo Naves protagonizaram alguns dos mais tenebrosos escândalos envolvendo o nome da capital.

O mais recente, envolvendo o governador cassado José Roberto Arruda recebeu o nome de mensalão do DEM. O governador foi cassado. Os deputados distritais escolherão um novo governador no próximo sábado (17). Fica a dúvida sobre a validade da escolha, uma vez que vários políticos que votarão no governador tampão estão envolvidos no escândalo. Um deles - Geraldo Naves - assumiu o cargo depois de ser solto da Papuda por decisão do STJ, e mesmo assim será um eleitor.

Nem a sombra da intervenção federal, pedida pelo Ministério Público, assombra os deputados distritais. Há denúncias de que candidatos estariam negociando cargos e favores em troca de apoio na eleição do final de semana. Especula-se que a antiga base de apoio de Arruda vai apoiar um candidato que colocasse panos quentes nas investigações.

Brasília completa 50 anos no dia 21 de abril com muitos problemas para a resolver. E dificilmente algo substancial mudará com as eleições de outubro. Roriz, com seu exército de eleitores fiéis, promete voltar e lidera as pesquisas de intenção de votos... O perigo é chegar aos 100 anos com os mesmos problemas.

Mas, pensando bem, nem poderia ser diferente. Afinal, Brasília é a capital de que País?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cinema - Um Sonho Possível



Fui ao cinema ver Um Sonho Possível (The Blind Side) sem saber do que se tratava. Simplesmente não tinha visto nenhum trailer. A única coisa que eu sabia era que Sandra Bullock tinha recebido um Oscar pela película. De certa forma, me surpreendi, mas não o enxergo como um filme tão marcante assim.

Logo nas primeiras cenas, o espectador fica sabendo que o roteiro foi baseado em fatos reais. O título original do filme, The Blind Side, é uma clara referência ao Futebol Americano, uma paixão gringa. Em algumas jogadas, os atacantes de um time devem proteger o lado cego do quarterback (não entendo nada de futebol americano. Isso foi tudo que deu para assimilar). Bom, essa explicação toda serve apenas para mostrar como no Brasil, onde o esporte não faz o menor sucesso, o título original talvez não fizesse muito sentido.

Voltando ao filme, Um Sonho Possível conta a história do adolescente Michael Oher, apelidado de Big Mike, interpretado por Quinton Aaron. Big Mike é negro, obeso, pobre, filho de mãe viciada em drogas e cresceu em um mundo de rejeição e violência. Mesmo assim, nunca se deixou contaminar pela maldade que o cercou. Retirado à força dos braços da mãe, ele nunca se adaptou à vida de adoção. Mas o trauma da separação o tornou uma pessoa fechada em seu grande vazio e avessa a qualquer tipo de relacionamento.

A vida do adolescente começa a mudar quando ele é admitido em uma escola particular cristã, interessada em seus dotes esportivos. No colégio, ele conhece os Tuohy, uma família rica e consumista, mas com valores cristãos e adepta da caridade – o verdadeiro sonho ocidental. Os Tuohy, praticamente obrigados por Leigh Anne, matriarca socialyte, personagem de Sandra Bullock, acolhem Big Mike em sua casa e, em pouco tempo, já o consideram um membro da família.

Os Tuohy incentivam Big Mike nos estudos e nos esportes. O talento nato para o futebol americano se torna a ponte para a superação dos problemas que o afligiram durante toda a vida.

Um Sonho possível é o típico drama hollywoodiano. Uma história de superação, feita para tocar o espectador. Vai em cima dos sonhos, do altruísmo e da vontade de ajudar o próximo que todo mundo tem. É impossível não sair do cinema cheio de energia positiva.

Com a direção de John Lee Hancock, Um Sonho Possível é certinho e cumpre o objetivo. Mas não é nada que já não tenhamos visto.

terça-feira, 6 de abril de 2010

quinta-feira, 1 de abril de 2010

E foi dada a largada


Os principais candidatos à presidência, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), já se licenciaram do cargo e agora estão concentrados na corrida pelo Palácio do Planalto.

Desde 1994, já foram cinco embates entre as duas legendas.

Os motores começaram a rugir. Resta saber quem cruzará a linha de chegada em primeiro quando a corrida acabar. Esse nerd politizado, com certeza, irá acompanhar e comentar...

Cinema - como treinar o seu dragão


Como treinar o seu dragão, da Dreamworks, foi uma grata surpresa. Com personagens cheios de carisma, belas cenas de ação, comédia, um roteiro que flui bem e uma trilha sonora de primeira, a animação 3D dos diretores Dean DeBlois, Chris Sanders cativa.

Como treinar o seu dragão conta a história do garoto Soluço, morador de uma vila viking atormentada pelos constantes ataques dos dragões. Franzino, Soluço não leva nenhum jeito para o principal trabalho dos outros vikings: caçar e matar esses ferozes répteis alados. Como sempre se dá mal em quase tudo, ele é motivo de piadas dos outros moradores. Nem o pai o aceita do jeito que é.

Em uma noite, enquanto a vila é atacada, Soluço consegue um feito até então inédito que o daria glória instantânea: acerta um Fúria da Noite, um dragão negro, conhecido como o mais perigoso de todos. Sem coragem para acabar com a fera, Soluço o deixa ir e ainda o esconde dos outros moradores – e aqui começa a amizade mais improvável de todas. Mas talvez esse relacionamento sirva apenas para provar que tudo o que os vikings sabiam a respeitos dos dragões estava errado.

Bom, o roteiro não é lá muito original. Filmes sobre aceitação entre pais e filhos ou amizades com bichos de estimação existem aos montes por aí. O grande trunfo de Como treinar o seu dragão é a forma como a história foi contada. É incrível como o filme não perde o ritmo e mantém o espectador atento à cada lance.

Quem for assistir com certeza dará boas risadas. As cenas de vôo são tão belas, que dá até inveja de poder ver alguém, mesmo alguém gerado pelo computador, poder voar assim. E mesmo um roteiro mais batido não impede muitas surpresas para o final.

O filme é cheio de cenas de ação rápidas e intensas, e mesmo as cenas mais contemplativas, quando Soluço e seu dragão estão aprendendo a voar e descobrem no céu um lugar só deles, deixam o ritmo cair.

O visual é um espetáculo à parte. Da grama da floresta às chamas que saem dos dragões, a tecnologia está impecável. A textura dos ambientes, o céu, a água, a barba crespa dos vikings...

O visual dos dragões também impressiona. São vários tipos, cada um com características e ataques únicos. Nesse ponto tem até referência aos fãs dos RPGs tradicionais, quando a personagem Melequento, o nerd do grupo, sabe na ponta da língua os pontos de Força, Agilidade e a Fraqueza de cada animal.

Pra quem achou nomes como Soluço e Meleca estranhos (ou infantis) demais, o filme explica o motivo.

A recomendação é ver em 3D. As cenas ganham profundidade e ajuda a entrar melhor no clima.