quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cinema - Homem de Ferro 2



Homem de Ferro 2 veio para comprovar que a Marvel Comics quer transportar para o cinema a mesma fórmula de sucesso dos quadrinhos da editora: interligar os universos dos filmes dos heróis da Casa das Idéias. E isso fica bem claro na sequência de um dos filmes de super-heróis mais legal dos últimos anos.

Na trama, depois de revelar ao mundo que é o Homem de Ferro, Tony Stark, está mais egocêntrico e narcisista do que nunca. A força bélica do super-herói gera uma sensação de paz mundial, mas o governo norte-americano não acha justo um civil ter tamanho poder e exige a tecnologia da armadura criada por Stark.

Além disso, a mesma tecnologia que mantém o herói vivo começa a envenená-lo. E um antigo inimigo da indústria Stark aparece em busca de vingança e alia-se à principal concorrente da empresa, a indústria Hammer, fornecedora de armas do governo dos EUA. Mas o Homem de Ferro agora não está mais sozinho.

Dirigido por Jon Favreau, Homem de Ferro 2 tem em seus personagens seu maior trunfo. Já conhecemos Tony Stark (Robert Downey Jr), Pepper Potts (Gwyneth Paltrow), James Rhodes (Don Cheadle) e Nick Fury (Samuel L. Jackson). Sobrou bastante espaço para desenvolver os novatos: Natasha Romanov (Scarlett Johansson), Ivan Vanko (Mickey Rourke) e Justin Hammer (Sam Rockwell).

O time de atores realmente parece ter entrado de corpo e alma em seus personagens. O já elogiado Tony Stark criado por Downey Jr mantém o ritmo cômico na medida certa. Don Cheadle substituiu à altura Terrence Roward, que interpretou o coronel James Rhodes no original, e agora veste a armadura cinza do Máquina de Combate.

Scarlett Jahansson e Mickey Rourke estão excelentes também. Enquanto Scarlett – linda com cabelo ruivo – esbanja sensualidade, Rourke deu bastante naturalidade ao físico russo Ivan Vanko, o grande inimigo do filme.

Se Homem de Ferro 2 fosse uma história fechada, uma simples luta herói contra vilão, ele já seria digno de nota. Com excelentes cenas de ação, com empolgação elevada ao quadrado pela trilha sonora de metal, o blockbuster vale o ingresso.

Mas o roteiro escrito por Justin Theroux, de Trovão Tropical, expandiu bastante o universo Marvel nos cinemas e essa foi a jogada mais inteligente da Casa das Idéias. Dessa vez, há claras referências aos próximos filmes da Marvel – Thor e Capitão América – que estreiam no ano que vem.

Tudo para culminar em 2012 no filme dos Vingadores – o grupo de super-heróis que reunirá os quatro grandes nomes que a Marvel levou para os cinemas desde 2008: Homem de Ferro, Hulk, Thor e Capitão América. É um verdadeiro gol de placa.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Política - Dos palanques para as páginas dos jornais



A disputa entre os pré-candidatos à presidência extrapola os palanques onde Dilma e Serra se degladiam. Nas edições desta segunda-feira dos jornais Folha de São Paulo e O Globo, a batalha ideológica das duas publicações foi explicíta.

A Folha trouxe na capa a denúncia de que um ato evangélico para beneficiar o candidato do PSDB, José Serra, custou R$ 540 mil reais, patrocinados por verbas públicas de governos tucanos. Organizadores e patrocinadores negaram que o cunho político do evento.

Já O Globo deu destaque ao processo da oposição contra a festa de 1º de maio em São Paulo, organizada pelas Centrais Sindicais e que contou com o apoio e as presenças do presidente Lula e da ex-ministra Dilma Rousseff, candidata do PT. Segundo O Globo, "tucanos criticam uso de verbas públicas".

O encontro evangélico também mereceu uma reportagem nas páginas de O Globo. No entanto, nada se falou sobre a denuncia feita pela Folha. A matéria preferiu se ater ao discurso de Serra, com destaque para o pedido de orações para os fiéis.

A campanha eleitoral começa apenas no segundo semestre. Mas, na imprensa ela já está a todo vapor, graças aos interesses ideológicos, políticos e comerciais dos empresários do ramo. Será que os jornais também poderiam ser multados pelo TSE por propaganda eleitoral antecipada?

desenho - 04/05

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Política - Eles não representam a vontade do povo...


A Câmara dos Deputados se prepara para mais um tentativa de votar o projeto Ficha Limpa. O texto de iniciativa popular, apresentado aos parlamentares no ano passado, previa que o candidato não poderia concorrer às eleições se tivesse sido condenado por um juiz de primeira instância.

Os deputados criaram um grupo de trabalho para analisar a proposta que teve o aval de mais de um milhão e 600 mil eleitores. Um parecer do deputado Índio da Costa mudou a regra, prevendo a inelegibilidade só se a condenação fosse por decisão colegiada. O argumento foi de que a proposta inicial dava margem para que inimizades entre juízes locais impedissem injustamente candidatos de disputarem as eleições.

Mas, quando a proposta foi analisada pela Comissão de Constituição e Justiça, novas mudanças: poderão concorrer políticos condenados em segunda instância desde que apresentem recurso suspensivo ao Superior Tribunal de Justiça.

Os deputados argumentam que a essência do projeto foi mantida, mas na verdade, eles parecem não ter entendido a vontade do povo, cujo o imposto mantém o Congresso funcionando: a população não quer que políticos que respondam a processos judiciais tenham a oportunidade de entrar na vida pública.

Se for aprovado amanhã, o projeto Ficha Limpa conterá regras bem mais brandas que as exigidas pelo povo. É claro que seria muita ingenuidade esperar que o projeto original fosse aprovado do jeito que estava, afinal a parte mais afetada seriam os parlamentares que estão analisando a matéria.

O que fica explícito é que eles suas excelências podem ser tudo, menos representantes da vontade popular.

domingo, 2 de maio de 2010

desenho do dia - 02/05


Treino com cenários - cenas de Samurai X