quarta-feira, 17 de março de 2010

Um outro olhar sobre a pesquisa Ibope


O Ibope divulgou nesta quarta-feira uma nova pesquisa sobre a corrida à presidência. Encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o levantamento sobre as intenções de voto para presidente da República aponta o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), com 35% da preferência do eleitorado, contra 30% da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) tem 11%. A senadora Marina Silva (PV-AC) aparece com 6%.

A imprensa se apressou em apontar que a esmagadora diferença que Serra mantinha da ministra Dilma há alguns meses é quase nula agora. Em evento em Minas Gerais, Dilma afirmou que "a pesquisa é retrato do momento".

Bom, esse resultado merece uma avaliação menos simplista. Ora, é notável que a ministra Dilma está em plena campanha. Com toda a máquina do governo a seu favor, ela está sempre na mídia, exposta ao extremo.

Por outro lado, o governador Serra nem anunciou ainda que é candidato. É claro que ele está na briga, mas a única que já entrou de cabeça na disputa pelo planalto, efetivamente falando, foi a ministra Dilma. E mesmo assim, ela segue atrás de um candidato que ainda luta pra ter alguém de peso como vice.

Esses resultados apenas comprovam o longo caminho que a ministra terá para conquistar o eleitorado e fazer o sonho do presidente Lula se tornar realidade.

Serra, por outro lado, não entrou oficialmente na briga e ainda tenta formar uma chapa forte o suficiente para a disputa. Quase sem carisma algum, ele tenta pela segunda vez ser presidente.

A corrida está a toda velocidade.

Estudo avalia qualidade das delegacias do Brasil

Enquanto os estados brigam pelo dinheiro do pré-sal, as mazelas da sociedade continuam.

Uma pesquisa do centro de estudos de segurança e cidadania do Rio de Janeiro apontou que as delegacias brasileiras estão longe de oferecer um atendimento adequado. O estudo foi feito com 235 delegacias de nove estados do País e a média foi 45,46, numa escala de 0 a 100.

Veja a reportagem da TV Brasil.



No Brasil é assim, todos brigam por um dinheiro que nunca é aplicado onde deveria. Só quem perde com isso é a população.

A guerra do Petróleo

A crise dos royalties do petróleo promete esquentar muitas manchetes dos jornais do País nos próximos dias.

Hoje, no Rio, estão marcadas uma série de manifestações contra a chamada Emenda Ibsen, que divide os lucros da exploração do petróleo entre estados produtores e não produtores.

Pelas regras atuais a União fica com 40% e o restante, 60%, com estados e municípios produtores. Com essa nova emenda, a proposta é que esses 60% sejam divididos entre todos os estados e municípios brasileiros. O Rio e o Espírito Santo batem o pé. Dizem a divisão vai quebrar os dois estados ao meio. Em prantos, o governador do Rio, Sérgio Cabral, disse que o estado vai perder quase 5 bilhões de reais.

A briga agora está no Senado. O governo tem pressa e quer votar a matéria logo para que as regras da exploração das riquezas do pré-sal comecem a valer o mais rápido possível (talvez para dar mais munição para a campanha da Dilma, mas isso não vem ao caso agora).

Essa semana, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos entrou na polêmica. Em nota afirmou que se o Estado do Rio perder recursos dos royalties do petróleo, com a aprovação da emenda Ibsen, ficará "sem condições de fazer as obras necessárias para os Jogos", e, se a situação "não for remediada, representará uma quebra de contrato".

A discussão promete. Nessas horas, vale a pena ver o que diz a Constituição:

Art. 20. São bens da União:
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
§ 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.

A Constituição assegura os direitos dos estados produtores de petróleo. Se for mudada, as riquezas serão divididas igualmente entre todos. Uns argumentam que esse é o certo, uma vez que o petróleo é um bem da União, e não dos estados.

Outros especialistas defendem que os estados produtores tem sim que ter alguma compensação pelos danos ambientais que a exploração causa. A briga promete e essa discussão deve sim ser feita. Vamos ver no que vai dar...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Desenho brasileiro mais triste hoje

Uma notícia triste pra quem gosta de cartum:

Cartunista Glauco Villas Boas e filho são mortos em tentativa de assalto em SP
Pai e filho estavam na casa da família, em Osasco.

O cartunista Glauco Villas Boas, conhecido como Glauco, 52 anos, e seu filho Raoni Villas Boas, 25 anos, foram mortos na madrugada desta sexta-feira (12) durante uma tentativa de assalto na residência da família em Osasco, na Grande São Paulo.

Os dois foram socorridos e levados para o Hospital Albert Sabin, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo, mas chegaram mortos ao local. O hospital confirmou a entrada dos corpos de pai e filho às 0h45. Os corpos chegam ao Instituto Médico Legal de Osasco às 6h50 desta sexta-feira. Ninguém foi preso, segundo a Polícia Militar.

Glauco Villas-Boas nasceu em Jandaia do Sul, no Paraná. Ele trabalhou como desenhista e cartunista, além de redator de programas humorísticos e músico. Dentre inúmeros personagens de suas tiras, os mais conhecidos são Geraldão, Dona Marta, Zé do Apocalipse e o Casal Neuras.
Fonte: G1

A violência não toma apenas os bens e a segurança da população. Ela ceifa também os talentos.

Eis alguns trabalhos do artista:




Se você quiser saber mais sobre o cartunista: clique aqui.

Cinema - Robin Hood

Outro filme de destaque desse primeiro semestre é Robin Hood, do diretor Ridley Scott.



O filme promete uma história jamais contada sobre como o ladrão se tornou a lenda.
Na trama, Robin (Russell Crowe) retorna das Cruzadas e encontra uma Inglaterra corrompida por suas relações com a França e uma cidade de Nottingham oprimida por altos impostos e desmandos do xerife local (Matthew Macfadyen). Também participa do filme Kate Blanchett, como Laid Marian. A estreia mundial está marcada para 14 de maio.

Só a título de curiosidade: Ridley Scott e Russell Crowe também trabalharam juntos no ótimo Gladiador. É esperar pra ver se a parceria renderá um bom filme novamente.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Cinema - Prince of Persia

Saiu o poster final do filme Prince of Persia: as areias do tempo. Não ficou muito diferente dos que já saíram, mas mesmo assim vale dar uma conferida:



A produção é da Disney e os trailers lançados ficaram bem legais. O filme tem Jake Gyllenhaal como o Príncipe Dastan, Ben Kingsley como o vilão Nizam e Gemma Arterton como a Princesa Tamina.

A expectativa é grande. A caracterização do príncipe ficou muito próxima da do Warrior Within e o efeito da adaga do tempo lembra os poderes de Dastan em Two Thrones. Pelo trailer, também percebe-se que as habilidades do príncipe Dastan lembram as dos jogos, principalmente as partes do Le Parkour. A diferença é que ele está bem menos sombrio que nos jogos da trilogia anterior.

Resta saber se o filme ficou mesmo a altura dos games. Mas isso só vamos saber no dia 28 de maio.

Game - God of War III


O lançamento de God of War III está cada vez mais próximo. A consumação da vingança de Kratos contra os deuses do Olimpo está perto do fim.

Esse foi o jogo que me fez optar pelo PlayStation 3. Quando for lançado farei um review.

Lula cada vez mais infeliz


Como se já não bastasse ter ido a Cuba no dia em que um preso político havia morrido, Lula tinha que ser ainda mais infeliz ao comentar o assunto.

Essa semana, em uma entrevista a Associated Press, Lula disse o seguinte sobre quem faz greve de fome em protesto: "Eu penso que a greve de fome não pode ser utilizada como pretexto de direitos humanos para libertar as pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrassem em greve de fome e exigissem liberdade. Nós temos que respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano de prender as pessoas em função da legislação de Cuba".

Caramba, como uma pessoa que viveu as desgraças de uma ditadura pode comparar um preso político a bandidos? É o cúmulo. O pior de tudo foi o Amorim defender que o fato foi uma auto-crítica. Em que sentido? A frase parece uma crítica às reclamações das organizações de Direitos Humanos. Ora, o Brasil é um país que tenta viver uma democracia plena. É inconcebível apoiarmos leis que impeçam a livre expressão do pensamento, ideias e opiniões.

Não sou a favor de embargos, cortes de relações diplomáticas, nem nada do tipo. Isso não resolve. No caso de Cuba, dá apenas mais munição para Raul e Fidel Castro manterem a ditadura. Temos, sim, que lutar para que esse tipo de ataque à liberdade das pessoas seja extinto em todo o mundo. A amizade entre Lula e Fidel Castro não pode ser um mero pretexto para fecharmos os olhos a esse tipo de situação. O mesmo vale para a Venezuela e o Irã, de quem Lula está tão próximo.

Veja como sou tucana

Estão cada vez mais incríveis as edições da Veja. Eis uma publicação que não faz a mínima questão de esconder sua preferência política.

Essa semana, na reportagem intitulada "À espera do voo tucano", o repórter Otávio Cabral esqueceu-se de detalhes importantes da semana do governador de São Paulo. Foi omitido o seguinte: na quinta-feira da semana passada, Serra foi a Belo Horizonte, para inauguração da Cidade Administrativa, obra do governador Aécio Neves. Era mais uma tentativa de convencê-lo a formar uma chapa puro-sangue do PSDB para disputar a presidência. Até aí tudo bem. O problema é que a Veja esqueceu-se de mencionar o constrangimento pelo qual Serra passou durante a cerimônia. Simplesmente os mineiros começaram a gritar: "Brasil pra frente. Aécio presidente". Serra ficou com "cara de tacho", como se diz lá no Nordeste. Mas a Veja não achou o fato importante. Uma pena. É melhor esquecer os "detalhes sórdidos"...