quinta-feira, 11 de março de 2010

Lula cada vez mais infeliz


Como se já não bastasse ter ido a Cuba no dia em que um preso político havia morrido, Lula tinha que ser ainda mais infeliz ao comentar o assunto.

Essa semana, em uma entrevista a Associated Press, Lula disse o seguinte sobre quem faz greve de fome em protesto: "Eu penso que a greve de fome não pode ser utilizada como pretexto de direitos humanos para libertar as pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrassem em greve de fome e exigissem liberdade. Nós temos que respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano de prender as pessoas em função da legislação de Cuba".

Caramba, como uma pessoa que viveu as desgraças de uma ditadura pode comparar um preso político a bandidos? É o cúmulo. O pior de tudo foi o Amorim defender que o fato foi uma auto-crítica. Em que sentido? A frase parece uma crítica às reclamações das organizações de Direitos Humanos. Ora, o Brasil é um país que tenta viver uma democracia plena. É inconcebível apoiarmos leis que impeçam a livre expressão do pensamento, ideias e opiniões.

Não sou a favor de embargos, cortes de relações diplomáticas, nem nada do tipo. Isso não resolve. No caso de Cuba, dá apenas mais munição para Raul e Fidel Castro manterem a ditadura. Temos, sim, que lutar para que esse tipo de ataque à liberdade das pessoas seja extinto em todo o mundo. A amizade entre Lula e Fidel Castro não pode ser um mero pretexto para fecharmos os olhos a esse tipo de situação. O mesmo vale para a Venezuela e o Irã, de quem Lula está tão próximo.

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