segunda-feira, 19 de abril de 2010

Game - God of War III (review)


God of War 3 foi um dos games mais esperados dos últimos tempos. A conclusão da vingança do Fantasma de Esparta contra os deuses do Olimpo termina com um game belíssimo, divertido, violento, mas sem muitas inovações na jogabilidade. E exclusivo do Playstation 3.

A saga de Kratos começa exatamente onde God of War 2 terminou. Traído pelos deuses, o guerreiro espartano liberta os Titãs e investe contra a morada dos deuses gregos, o Olimpo. Lá de cima, os deuses observam a escalda das gigantescas criaturas, representantes das forças da natureza. Mas os olimpianos não parecem intimidados.

God of War 3 já começa insano e mostrando a que veio. Em cima da impressionante Titã Gaia, o grito de Kratos - “Zeus, seu filho voltou. Eu trouxe a destruição para o Olimpo” – é uma pequena mostra da ira do ex-Deus da Guerra. Toda a sede de vingança de Kratos transborda em cada movimento do jogo. O personagem está mais brutal e agressivo e trucida sem dó qualquer um que cruzar o seu caminho.

A violência é tão realista e escancarada que muitas vezes o jogador se sente angustiado com o que está fazendo apertando os botões do controle. Em determinado momento na luta contra um deus, a câmera do jogo se transporta para a visão dele vendo Kratos investir com toda a sua fúria usando apenas as mãos. O sangue não para de jorrar. Os socos e chutes de Kratos quebram o deus grego ao meio e mesmo assim o guerreiro não para.

Em outro ponto do jogo, ao passar por uma cidade incendiada, um homem grita por socorro ao Fantasma de Esparta. Kratos liquida o indivíduo que impede sua passagem. O jogo não dá outra opção. E nem poderia: God of War é um história de vingança, não há espaço para compaixão.

O visual do jogo impressiona. O processador do PlayStation 3 é realmente uma maravilha. A textura da pele de Kratos, cheia de tatuagens, marcas de expressão e cicatrizes, beira à perfeição. Os inimigos e os cenários são tão bem detalhados, que muitas vezes esquecemos que se trata de um jogo, e não de um filme. E tudo isso sem muitas telas de carregamento, o que ajuda a manter a diversão.

Gráficos espetaculares não são sinônimos de um bom jogo. Mas, no caso de God of War 3, eles tornam a experiência muito mais empolgante que no Play 2. O sangue que jorra da pele dos inimigos suja a pele de Kratos, dando um ar mais realista à violência. Os golpes de Kratos deformam o rosto dos inimigos. Dos cortes feitos pelas Blades of Exile, saem as vísceras dos seres mitológicos.

A trilha sonora de God of War sempre foi grandiosa. E na parte final da trilogia não poderia ser diferente. Com composições orquestradas, hora mais rápidas, hora mais lentas, as músicas empolgam o jogador e casam bem com o clima épico do jogo.

A jogabilidade é a mesma dos anteriores. É claro, há alguns movimentos novos, mas nenhum completamente inovador na execução. Talvez o ponto negativo do jogo sejam as armas que Kratos utiliza. Com exceção da Nemean Cestus, todas as outras acabam esquecidas porque se assemelham à arma principal,Blades of Exile.

God of War 3 não é uma aventura para corações fracos e pacifistas. Kratos está cheio de sentimentos de vingança e não questiona se está certo ou errado em nenhum momento. Entre uma luta e outra, faz questão de frisar que seu único objetivo é destruir os deuses do Olimpo que o traíram. É um final digno para a saga do Fantasma de Esparta.

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